Crianças e adolescentes

As Perturbações do neurodesenvolvimento referem-se a um conjunto de perturbações relacionadas com problemas mentais e/ou físicos que condicionam a aprendizagem, linguagem, autonomia e que, podem comprometer as atividades da vida diária.

Perturbações do desenvolvimento que chegam à consulta: Incapacidade intelectual (atraso global do desenvolvimento); Perturbações da comunicação; Perturbações do Espectro do Autismo; Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção; Perturbação da Aprendizagem Específica (Défice na leitura; expressão escrita e na Matemática); Perturbações Motoras; e Perturbações de Tiques.

É realizada uma avaliação cognitiva rigorosa com um psicólogo especialista, através de entrevista clínica com a criança e pais, e a aplicação de testes psicológicos, nomeadamente, escalas de inteligência e outros instrumentos que nos permitem aferir a capacidade intelectual da criança. Os resultados revelam as competências e dificuldades da criança em várias áreas e também nos fornecem indicações de como melhor atuar no sentido de rentabilizar as suas capacidades e suprimir as dificuldades.

Elabora-se um plano de intervenção adequado ao seu perfil e desenvolve-se um trabalho com a família e de articulação permanente com a escola, designadamente, com os educadores, professores, professores de ensino especial e, também, com técnicos de saúde que acompanham a criança.

Perante um pedido de Avaliação/ Diagnóstico de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, segue-se um processo de recolha de informação detalhada. Inicialmente, realiza-se a entrevista com os pais, de modo a recolher toda a informação sobre o historial de desenvolvimento, médico, psiquiátrico, familiar, social, e escolar da criança.

De seguida, os professores e diretores de turma são também contactados, com o conhecimento dos pais, com o objetivo de complementar a informação prestada pelos pais, acerca do seu comportamento em contexto escolar.

Uma vez reunida todo a informação, é possível descrever a situação problemática nos vários contextos em que a criança está inserida.

No final da avaliação, que decorre habitualmente em quatro a cinco sessões, informa-se os pais sobre as conclusões, descrevendo de forma aprofundada as áreas avaliadas e das necessidades terapêuticas existentes, e o que deverá ser trabalhado em casa e na escola.

A PHDA pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, com sintomas variando entre leves e graves. Dependendo da gravidade destes sintomas, a hiperatividade pode comprometer o desenvolvimento e a expressão linguística, a memória e habilidades motoras da criança.

É fundamental que as causas sejam devidamente identificadas de forma a iniciar um tratamento adequado.

A falta de um bom diagnóstico diferencial pode comprometer o tratamento.

Ao psicólogo, compete distinguir entre a criança normalmente ativa e enérgica, e a criança realmente hiperativa.

A intervenção psicológica será implementada de acordo com as características pessoais e as problemáticas da criança e consiste em programas comportamentais, que incluem estratégias que permitem desenvolver as áreas que apresentam lacunas.

Pretende-se proporcionar uma melhoria no rendimento escolar (quando está condicionado), autonomia e autoestima da criança, assim como promover um relacionamento adequado com os colegas e professores.

A psicoterapia é bastante indicada como tratamento para a perturbação de hiperatividade e défice de atenção.

É realizada uma avaliação rigorosa das competências da criança, através de entrevistas com pais, observação da criança e aplicação de escalas de avaliação das competências no desenvolvimento.

Deste modo, identifica-se o nível de desenvolvimento da criança em várias áreas de competências e em conjunto com a família, e em articulação com educadores de infância, professores e outros profissionais de saúde, é possível tomar decisões quanto ao que deve ser trabalhado.

O plano de intervenção foca-se em várias áreas de desenvolvimento, designadamente, a linguagem, comunicação, autonomia (atividades da vida diária), interação social, brincar e alternativas escolares.

A intervenção é reavaliada permanentemente, no sentido de manter as estratégias que funcionam, e eliminar as que não resultam.

A avaliação cognitiva é realizada através de entrevista clínica e aplicação de testes psicológicos, nomeadamente, escalas de inteligência e outros instrumentos que nos permitem aferir a capacidade intelectual da criança e do adolescente, uma vez que nos fornecem informação sobre o seu desempenho em várias áreas e também indicações de como melhor atuar para rentabilizar as suas capacidades ou suprimir as dificuldades.

Realiza-se, sempre, que necessário ou oportuno um trabalho de articulação com a escola, designadamente, com os educadores, professores e, também, com técnicos de saúde que acompanham a criança ou adolescente.

Avaliação especializada a crianças que, ao longo do seu desenvolvimento, demonstraram capacidades de aprendizagem significativas mas que só completam 6 anos a partir do dia 1 de janeiro.

Para o efeito, ou seja, para que uma antecipação de matricula se verifique é necessária uma avaliação especializada, por um psicólogo credenciado pela DREN, assim como um relatório psicopedagógico redigido por este, concluindo que existe precocidade excecional.

Márcia Gonçalves / Psicóloga credenciada pela DREN (Ministério da Educação e Ciência) para efeitos de elaboração de relatórios de avaliação especializada tendo em vista a matrícula antecipada no 1.º ano do 1.º ciclo.”

É realizada uma avaliação cognitiva através de entrevista clínica e aplicação de testes psicológicos, nomeadamente, escalas de inteligência e outros instrumentos que nos permitem aferir a capacidade intelectual da criança e do adolescente, uma vez que nos fornecem informação sobre o seu desempenho em várias áreas e também indicações de como melhor atuar, nomeadamente, junto da escola e com a família.

Realiza-se, sempre, que necessário ou oportuno, um trabalho de articulação com a escola, designadamente, com os educadores, professores e, também, com técnicos de saúde que acompanham a criança ou adolescente.

É realizada uma avaliação rigorosa relativamente às competências da criança, e de seguida desenvolve-se um programa de intervenção de promoção da saúde cognitiva e de estimulação de habilidades neurocognitivas da criança.

O programa permite potenciar os processos cognitivos e levar a benefícios a curto, médio e longo prazo.

Importa referir que as funções executivas têm um papel fundamental na educação, revelando-se essenciais à aprendizagem e comportamento autorregulatório.

Realiza-se um trabalho bastante próximo com a família e de articulação com a escola, nomeadamente, com o Jardim de Infância.

O desenvolvimento de uma criança acontece em várias áreas: linguagem, motor, cognitivo, social afetivo e adaptativo.

Se verificar dificuldades no desenvolvimento da criança, procure um psicólogo para a realização de uma avaliação e intervenção.

A Perturbação Desafiante de Oposição caracteriza-se por um padrão persistente de desafio/conflito, desobediência e hostilidade para com as figuras de autoridade para com os pais e professores.

Nas crianças mais pequenas observamos níveis elevados de intolerância à frustração, mostram ter dificuldade em adiar a gratificação e perdem facilmente o controlo, manifestando-o até fisicamente, com murros nas portas, pontapés. etc..

Na pré-adolescência e adolescência respondem de forma desadequada aos pais, aborrecem deliberadamente as outras pessoas, culpam os outros pelos seus atos ou mau comportamento, revelam-se suscetíveis e teimosas, envolvem-se facilmente em discussões. O seu comportamento é passivo-agressivo.

Os sintomas podem ocorrer apenas em casa, ou suceder também noutros contextos, nomeadamente, na escola.

A Perturbação do Comportamento consiste num padrão repetitivo e persistente em que são violados os direitos dos outros, designadamente, agressão a pessoas e animais; destruição de propriedade; falsificação ou roubo; e violação grave de normas.

Se a criança manifestar sintomas de qualquer perturbação descrita em cima, é essencial uma avaliação com psicólogo especialista, no sentido de fazer um diagnóstico preciso do problemática e definir um plano de intervenção adequado às necessidades reveladas.

A Psicopatologia da Criança ou Adolescente relaciona-se com perturbações que ocorrem habitualmente na 1.ª infância e 2.ª infância.

Na minha prática clínica são inúmeras as solicitações para avaliação, intervenção psicológica e psicoterapia quando à suspeita e diagnósticos como depressão; ansiedade; ansiedade de separação; mutismo seletivo; fobia; ansiedade Social (fobia social); ataque de pânico; agorafobia, entre outras.

As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens, recorrentes e persistentes que são experimentados, durante algum período, como intrusivos e inapropriados, e que provocam ansiedade ou mal-estar intenso.

A criança tenta ignorar, suprimir ou ainda neutralizá-los com um outro pensamento ou uma determinada ação.

Exemplos frequentes de obsessões: receio de contaminação; preocupações com doenças ou com o corpo; dúvidas; simetria; alinhamento; perfeição; exatidão; medo de magoar alguém ou si próprio; culpa; pensamento mágico (números especiais, datas e horários e cores).

As compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais, frequentemente chamados de rituais, realizados com o objetivo de reduzir o mal-estar implicado nos sentimentos, pensamentos e ideias desagradáveis que estão envolvidos nas obsessões.

A criança considera que as suas compulsões, ainda que não entenda o que está a acontecer, servem para evitar algum possível acontecimento ou situação receada.

Exemplos de compulsões reveladas e relatadas na prática clínica pelos pais: Lavar várias vezes as mãos e dentes; tomar banho repetidamente; verificações compulsivas; arrumação de brinquedos frequente; escrever a mesma letra ou palavra constantemente, condicionando o término das tarefas escolares; armazenar e guardar coisas inúteis ou economizar; colecionar; contagem de algo (ex. contar as lâminas de uma persiana várias vezes).

Todas estas ações são realizadas de forma, geralmente, estranha e associadas diretamente a regras.

Os sintomas da Perturbação Obsessiva Compulsiva iniciam-se, geralmente, na infância e adolescência. Como já foi mencionado atrás, as crianças procuram de toda a maneira ocultar os sintomas, do mesmo modo que os adultos que apresentam esta sintomatologia o fazem.

O diagnóstico em casa é realizado na maior parte das vezes, através de um diálogo entre a criança e alguém da sua confiança, habitualmente um familiar próximo.

Antes da consulta de Psicologia Clínica, os pais geralmente desconhecem que a criança utiliza determinados rituais para afastar ideias e como tal, não sabem como agir perante esta situação.

O pensamento obsessivo, de um modo geral, é algo que mesmo contra a vontade da criança, persiste, e exige um grande esforço mental, tentando controlar os pensamentos.

As crianças que possuem a Perturbação Obsessivo Compulsivo (POC) são, geralmente, ansiosas e preocupam-se com tudo, nomeadamente com situações suas e com questões de outros. Assim, os pais passam bastante tempo a tranquiliza-las e acalma-las, no seu dia a dia.

Apresentam-se, geralmente, como crianças perfecionistas, meticulosas, cumpridoras, bastante responsáveis e são igualmente ordenadas e rígidas nos seus pensamentos.

Revelam, frequentemente, baixa auto estima e insegurança; dúvidas constantes; cautelas excessivas; perfecionismo, condicionando o término da tarefa; rigidez e teimosia; indecisões e medo de se enganar e de dececionar a eles próprios, os seus pais e outros significativos.

Verifica-se também uma insistência irracional da criança com os outros, no sentido de que executem algo ou ajam exatamente, como deseja ou ainda relutância irracional em permitir que os outros realizem as coisas do modo como pretendem.

Manifestam imensa dificuldade em lidar com possíveis fracassos no seu dia a dia, limitando sobremaneira a sua capacidade de autonomia e de tomada de decisão. Não observam em si competências que possuem, e que são evidentes aos olhos dos outros, quer em casa como na escola.

Os pais destas crianças, podem ser eles próprios, também perfecionistas e escrupulosos, e possuírem igualmente a mesma perturbação.

Apresentam também alguns sintomas corporais de ansiedade, que são geralmente relatados em consulta, e que se referem a dores de cabeça constantes e desconforto no estômago.

É fundamental que os pais estejam e permaneçam atentos aos sinais físicos e psicológicos de mal-estar apresentados pelas crianças, para prevenir situações mais complexas e graves.

Perante determinados comportamentos estranhos das crianças, surge a suspeita por parte dos pais de que algo não está bem.

Importa que procurem identificar alguns sinais reveladores, nomeadamente, se apresentarem alguma lesão cutânea, tanto pela lavagem excessiva das mãos, quanto através da auto escoriação; atenção ao facto, de se verificarem tiques; demasiado tempo gasto na realização de tarefas quer de casa como da escola; cadernos rasgados pela insistência em apagar sucessivamente o que executa; receio de doenças e medo intenso de que algo de terrível possa acontecer a familiares; aumento significativo de roupas para lavar; demasiado tempo para preparar a cama; e fazer constantemente as mesmas perguntas a familiares.

A família deverá procurar um Psicólogo Clínico, especialista na perturbação em causa.

O tratamento precoce minimiza em muito o prejuízo causado pela Perturbação Obsessivo Compulsiva que prejudica fundamentalmente o seu rendimento escolar e, inclusivamente, os relacionamentos interpessoais.

A Terapia Cognitiva-Comportamental é uma abordagem considerada pela investigação bastante eficaz para o seu tratamento.

Nas consultas de Psicologia Clínica, os pais beneficiam de toda a informação necessária sobre a problemática em questão, assim como a criança, neste caso, adaptada a sua idade. Esta última aprenderá também estratégias sobre como gerir a angústia e a ansiedade associadas.

Anorexia

Embora existam vários sinais físicos e comportamentais associadas aos sintomas de anorexia nervosa, nem todos os sinais se manifestam em todas as pessoas. Alguns sinais de alerta: perda excessiva de peso; medo de engordar intenso e irracional; negação quando questionadas sobre o transtorno; restrição da alimentação; obsessão com as calorias e gorduras; recusa a comer junto a outras pessoas; prática excessiva de exercício físico; Depressão (tristeza e/ou apatia); solidão (evita amigos e familiares); torna-se intolerante ao frio, devido a perda de isolamento de gordura corporal; e os períodos menstruais tornam-se irregulares ou mesmo inexistentes.

Importa salientar que é comum a anorexia ter início nas vulgares dietas das adolescentes.

Bulimia

A Bulimia nervosa manifesta-se através de uma alimentação compulsiva seguida de purgação ou comportamentos compensatórios inadequados (jejuns e/ou exercícios físicos excessivos). É um distúrbio alimentar caracterizado por um ciclo de atração/ purgação de alimentos. Existe um consumo de alimentos muito superior ao que seria ingerido pela maioria das pessoas num determinado período de tempo, acompanhado de sensação de perda de controlo.

Através da indução do vómito, uso de laxantes e exercícios físicos excessivos, as bulímicas conseguem perder peso, mas por outro lado, têm episódios de alimentação compulsiva que não conseguem controlar (comem em pouco tempo vários pacotes de bolachas, chocolates, etc.). Depois destes episódios, a bulímica irá induzir o vómito e sentir-se-á muito culpada e deprimida. Surge, então, um ciclo vicioso e este padrão caótico de alimentação instala-se.

Na minha prática clínica, sempre que se questiona o seu transtorno e a sua resistência à mudança, as Anoréxicas e Bulímicas enunciam sem qualquer dificuldade vários motivos que sustentam o seu comportamento alimentar, nomeadamente, “Gosto de como me sinto quando estou magra”; “Ouço elogios”; “sinto-me mais respeitada”; “gosto da atenção que recebo”; “gosto das roupas que já posso usar”; “fico mais bonita”; “sinto nojo de ter gordura no meu corpo”; “quando estou magra, percebo melhor as coisas”; “a minha família e o meu médico preocupam-se comigo”, “sinto-me mais saudável e com mais energia quando estou com pouco peso”; “gosto do sentimento de autocontrole”; “sinto-me mais confiante e capaz quando estou magra”; “sinto-me especial, pura e diferenciada”.

As perturbações alimentares implicam, não poucas vezes, complicações médicas e psicológicas sérias.

O tratamento psicológico é complexo, no entanto, os estudos demonstram que a abordagem Cognitivo-Comportamental revela-se como a mais eficaz nestas perturbações.

O sentimento de tristeza faz parte da experiência comum de todos, o que diferencia de facto a depressão da tristeza que surge no dia-a-dia duma criança, é a intensidade, persistência e mudança nos seus hábitos comportamentais.

As crianças com depressão manifestam diferentes sintomas dependendo obviamente da idade. Quando são muito pequenas têm dificuldade em se expressar, no entanto, como revelam um comportamento choroso e/ou manifestam irritabilidades, tédio e queixas somáticas é nos possível identificar que algo não está bem.

Podem apresentar humor disfórico e baixa auto estima e também sintomas como perturbação do sono, isolamento ou menor participação nas relações com os pares, mudança de atitude, dificuldade em divertir-se, recusa em ir à escola, ansiedade de separação, ideias supervalorizadas de culpa, sentimento de rejeição, alteração no rendimento escolar, comportamento agressivo, queixas somáticas, enurese e encoprese; alteração do apetite e de peso, diminuição da sua energia, fobias, e desejo ou fantasias de morte.

O diagnóstico de depressão é delicado, e é baseado nos critérios estipulados pelo Manual de Diagnóstico e estatística das Perturbações Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Exige a existência de pelo menos cinco dos sintomas durante o mesmo período de duas semanas, para se comprovar o quadro. Um dos sintomas terá que ser humor depressivo ou perda de prazer ou interesse. Outros sintomas, mencionados no documento, referem-se a perda ou aumento de peso; sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva ou inapropriada; insónia ou hipersónia; agitação ou inibição psicomotora; diminuição da capacidade de pensamento ou concentração, ou indecisão; pensamentos recorrentes, ideação suicida; fadiga ou perda de energia.

Importa ter presente que as crianças estão em plena fase de desenvolvimento, e que a aplicação do diagnóstico pode ser mais complexa do que aparentemente se julga, uma vez que os sintomas podem ser confundidos apenas com timidez, mau humor, dificuldade de aprendizagem, tristeza ou até agressividade.

Perante o pedido de avaliação psicológica de crianças que são encaminhadas, pelo facto de apresentarem alguns sintomas de depressão, é tido em atenção num primeiro momento, a fase de desenvolvimento em que se encontram.

Na fase pré-verbal, a atenção especial deverá ser relativamente a alguns aspetos essenciais, o choro frequente, a apatia, a postura corporal e a expressão facial.

Ao passo que na fase pré-escolar, o reparo será na irritabilidade, agitação, inquietação, falta de vontade de brincar, perda ou ganho de peso e queixas somáticas.

Na fase escolar, o cuidado dirige-se para a baixa auto estima, insegurança, tristeza, menor energia, isolamento, dificuldades de concentração e recusa em ir à escola.

Durante a avaliação e através da entrevista clínica, a criança na fase escolar, já é capaz de verbalizar o que sente. Habitualmente, utilizam frases do tipo “ninguém gosta de mim”, ”ninguém quer brincar comigo”, “não sei fazer nada do que a professora pede”” não sei brincar” “não sei ler” “não sei escrever” ”não quero ir pra a escola” “a minha mãe gosta mais do meu irmão do que de mim”.

O tratamento precoce é essencial e pode evitar objetivamente, um prejuízo maior no funcionamento pessoal, social e escolar da criança.

A investigação sugere que a terapia cognitiva-comportamental na depressão leve e moderada é útil e eficaz. A terapia familiar é também uma abordagem a ser utilizada nesta problemática.

O objetivo da terapia é estimular a autoestima da criança, aumentar o seu ajustamento social, e diminuir deste modo, a sintomatologia depressiva.

Sentir ansiedade social em determinadas situações é “normal”, no entanto, chegam à clínica adolescentes que experimentam uma ansiedade social tão intensa que os condiciona na escola, nomeadamente, nos resultados escolares e nas relações interpessoais, e provoca um sofrimento enorme.

Alguns relatos de adolescentes descritos nas consultas: “Não consigo iniciar uma conversa”, “Não tenho amigos”, “Não consigo ter uma namorada”, “Não consigo fazer apresentações na escola, fico em pânico”, “Não respondo às perguntas dos professores na sala de aula”, “Sou prejudicado nas notas”, “Fico muito vermelho quando falo com alguém”.

Na verdade, o comportamento é de grande ansiedade e de evitamento, e tem consequências claras a nível académico, social e ocupacional.

Procurar uma avaliação com um psicólogo clínico especialista e intervir com urgência é fundamental, de modo a que seja possível superar as limitações existentes na sua vida atual e futura.

O Mutismo Seletivo (MS) é caracterizado pela incapacidade persistente em falar em situações específicas apesar do discurso fluente ser possível noutras circunstâncias. Segundo alguns investigadores o Mutismo Seletivo é identificado entre os 6 e 8 anos, no entanto, surgem sintomas, aproximadamente, a partir dos 3 anos de idade e ocorrem com maior frequência em meninas do que em meninos.

As queixas acentuam-se sobretudo no final do Jardim de Infância e início do 1º Ciclo. É nesta idade mais precoce que as crianças são mais renitentes em relacionarem-se com pessoas estranhas e estabelecerem contacto.

Estas crianças mostram, geralmente, excessiva dependência, perfecionismo e rigidez, comportamento tímido ou retraído, e socialmente inseguro.

Evitam o olhar e comunicam, habitualmente, através de gestos, acenando a cabeça e apontando, ou permanecendo imóveis, até que se consiga “adivinhar” o que pretendem. Quando falam, o volume da sua voz é muito baixo, ou então, sussurraram ao ouvido. Procuram “fugir”, seriamente, a todas as situações sociais em que se sintam expostas, de modo a evitar momentos que impliquem ansiedade. Compreendem o idioma e têm a habilidade para falar normalmente.

Expressam com frequência um grande desejo para falar em todas as situações, mas são incapazes de o fazer, devido ao medo, timidez, ansiedade e embaraço.

Podem passar todo o tempo completamente calado na escola, por anos, mas falar livremente ou excessivamente em casa.

Aprende aquilo que é considerado adequado para sua idade escolar. A maioria não é capaz de falar na escola, e também em outras situações longe do convívio familiar. Por vezes, não falam, inclusivamente, com determinadas pessoas do círculo familiar. Manifestam dificuldades nas situações onde se espera que falem, como um cumprimento, agradecimento ou despedida.

Procurar uma avaliação com Psicólogo Clínico especialista é essencial e, se necessário, deverá ponderar-se a abordagem farmacológica, na medida em que, pode auxiliar na diminuição dos seus níveis de ansiedade.

Não esquecer que a criança com MS manifesta um medo excessivo, associado a um enorme sofrimento emocional, como tal, necessita de receber um tratamento a tempo e eficaz.

Se não houver uma intervenção psicológica, urgente e eficiente, e se este comportamento persistir, poderá conduzir a situações como depressão, ideias suicidas, fobia social, adições, insucesso e abandono escolar, entre outros.

A investigação demonstra que a intervenção psicológica, que se apoia em técnicas cognitivo-comportamentais, é bastante útil e aconselhável.

A terapia familiar é, igualmente, uma abordagem profícua, quando a dinâmica familiar presente, tem um papel importante no desenvolvimento e perpetuação do MS.

Alguns estudos indicam que há benefícios no tratamento combinado, que inclua a abordagem farmacológica e a psicoterapia.

Um tratamento precoce que tenha como prioridade uma articulação favorável com a família e a escola é um excelente preditor de sucesso.

Geralmente o medo é passageiro e próprio da idade e vai desaparecendo, mas quando o medo se torna exagerado, excessivamente intenso, persistente e desproporcionado, resulta necessariamente em sofrimento para a criança.

E neste caso, estamos perante um quadro fóbico, em que a criança tem um medo persistente e irracional que a leva a evitar e também a suportar com enorme sofrimento determinadas situações, lugares, pessoas, animais e objetos que considera assustadores.

A fobia define-se como um medo patológico, especifico, intenso e desencadeado por uma situação que normalmente não apresentaria qualquer perigo.

Caracteriza-se por um aumento de ansiedade a limites que impedem a criança de funcionar “normalmente”, causando um mal-estar enorme.

Os medos irracionais e desproporcionados da fobia são muitas vezes acompanhados de sintomas físicos, nomeadamente, dificuldade em respirar, palpitações, suores, vómitos, diarreias e dores de estômago, e também de sintomas cognitivos, como, preocupações excessivas e dificuldades de atenção e concentração. As alterações de humor, especialmente, comportamentos de irritabilidade, também, se verificam. Revelam, igualmente, variações no sono e pesadelos.

Se passar a existir um padrão que é persistente e muito intenso, há necessidade urgente de procurar um psicólogo especialista.

Se a criança não beneficiar de Intervenção Psicológica/ Psicoterapia a fobia continuará a afeta-la com consequências graves no seu processo de desenvolvimento, nomeadamente, na autonomia, independência, rendimento escolar e socialização.

A fobia escolar consiste num medo exacerbado que a criança sente em ir para a escola e está relacionada com a ansiedade face ao desconhecido e, muitas vezes, com as mudanças de ciclo escolar.

A criança começa por recusar ir à escola, inventa vários motivos, e passa a evita-la seriamente.

Num primeiro momento não compreende que está com medo, e todo o mal-estar apresenta-se sob a forma de vómitos, dores de barriga, diarreias, náuseas e tonturas.

Os sintomas referidos intensificam-se à medida que se aproxima a hora de ir para a escola.

É comum, também, a criança afastar-se dos colegas e inclusivamente não brincar, uma vez que não se sente bem na escola.

Importa deixar bem claro que, a fobia escolar não é preguiça nem tão pouco falta de vontade de ir para escola, como qualquer pai e mãe que conhece os seus filhos pode facilmente constatar se os observar com atenção. As crianças com fobia escolar apresentam, habitualmente, perturbação da ansiedade de separação.

Alguns sintomas manifestados na fobia escolar: dor de barriga, vómitos, diarreias e dores de cabeça (que se intensificam à medida que se aproxima a hora de ir para a escola); choro frequente; Suores frios ou tremores; medo de ficar sozinha; medos generalizados; dificuldade em enfrentar, sem apoio de outros.

O tratamento da criança com fobia escolar deverá ser abrangente. A participação dos pais e da escola é fundamental em todo o processo. Os seus pares podem ser um excelente recurso na integração da criança na escola. A articulação com todos os elementos que envolvem a criança é crucial para o sucesso da intervenção.

A criança deverá beneficiar de intervenção psicológica, se não acontecer, estaremos certamente, a condicionar a sua autonomia, independência, autoestima e competências sociais, e com consequências significativas para a sua vida futura.

Em consulta, é comum encontrar-se crianças com Fobia Escolar, que não foram diagnosticadas nem tão pouco acompanhadas durante anos, e que a situação se agravou, e mais tarde desenvolveram outros medos.

Quando se aproxima o final das férias, e o início das aulas está quase a chegar, os pais questionam se tudo correrá bem e mostram muitas vezes ansiedade.

Para que este período seja mais fácil de gerir é importante que os pais estejam bem esclarecidos e seguros quanto à metodologia utilizada na escola e quanto aos valores transmitidos pela mesma. Esta questão é pertinente na medida em que importa que vá de encontro ao que é vivenciado em casa.

Outra questão é, se estamos perante uma transição do jardim de infância para a escola ou de transição de ciclos. Quer numa situação ou noutra, as expectativas e desafios para a criança ou adolescente e família são uma realidade.

É fundamental mostrar à criança que vai para a escola pela primeira vez, que é um espaço onde vai aprender, mas também brincar e muito. Com os adolescentes, referir como é interessante aprender algo novo e como é bom estar novamente com os seus amigos.

Igualmente, essencial, será conversar com o professor ou professores da criança ou adolescente, manter-se próxima de outros pais de colegas e perguntar-lhe diariamente como se sentiu na escola, etc.

Se passadas algumas semanas do início das aulas, os pais verificarem dificuldades de adaptação da criança ou adolescente devem procurar um psicólogo especialista.

Importa realizar uma avaliação rigorosa à criança ou adolescente, seguida de intervenção.

A ansiedade de separação é um transtorno que ocorre na infância, com maior frequência em crianças entre os cinco e os 12 anos.

Caracteriza-se pela ansiedade intensa em momentos de separação das principais figuras de vinculação, geralmente os pais.

A ansiedade de separação acontece mais frequentemente quando os pais vão levar a criança à escola ou na hora de deitar, contudo, noutras situações também sucede, nomeadamente, quando fica em casa de um familiar ou numa festa de aniversário de algum amigo.

À porta da escola é frequente chorarem e agarrarem-se aos pais e mostrarem que não querem ficar. Revelam um medo excessivo de os perder e passa a existir resistência à ida para a escola ou até mesmo recusa.

Alguns sintomas físicos mais comuns: dores de cabeça, vómitos, dor abdominal, náuseas.

Nestas situações, é essencial uma avaliação e intervenção de um psicólogo clínico especialista.

A Enurese e a Encoprese é uma perturbação da eliminação que consiste na falta de controlo sistemático da urina ou dos esfíncteres, em locais inapropriados e após a idade em que seria expectável que o mesmo já existisse.

Para que possamos falar de enurese, a criança tem que ter pelo menos 5 anos e na encoprese pelo menos 4 anos.

A enurese e encoprese poderá ser noturna, diurna, ou ainda, noturna e diurna, conjuntamente.

A enurese pode ser primária ou secundária.

Na enurese primária, a criança ainda não conseguiu atingir o controlo dos seus esfíncteres e continua a urinar na cama.

Na enurese secundária, a criança após ter conseguido o controlo por um período superior a seis meses, volta a urinar na cama.

A encoprese pode ser primária ou secundária.

Na encoprese primária, a criança não adquiriu a capacidade de controlo do esfíncter anal.

Na encoprese secundária, a criança adquiriu o controlo durante bastante tempo, e volta a suceder mais tarde.

A enurese e encoprese são involuntárias e muitas vezes traduzem a expressão de um transtorno emocional.

A criança não tem qualquer culpa e nesse sentido não pode ser punida ou castigada.

Importa que os pais descartem inicialmente motivos orgânicos, procurando um pediatra, e de seguida um psicólogo clínico que realize uma avaliação psicológica rigorosa e intervenha com a criança e família, de modo a que se possa desenvolver de forma saudável.

Existem muitas crianças com dificuldade em adormecer e, durante a noite, acordam várias vezes assustadas.

Na verdade, a investigação mostra que as perturbações do sono nas crianças são muito mais comuns do que se imagina.

Situações mais habituais que chegam à consulta: Terrores noturnos; Pesadelos e Sonambulismo.

É essencial a procura de um psicólogo clínico que realize uma avaliação psicológica rigorosa e intervenha com a criança e família, de forma a que as dificuldades manifestadas sejam rapidamente ultrapassadas.

A exposição a episódios conflituosos entre os pais pode desencadear sintomas que variam conforme a idade da criança. Os sintomas apresentados variam dependendo da sua idade.

Algumas apresentam comportamentos de regressão, depois que um dos pais sair de casa, outras enurese noturna, irritabilidade, exigência, dependência repentina do adulto, medos e a transtornos ao nível do sono, entre outras.

Cada vez mais observamos separações e divórcios, e a procura de acompanhamento psicológico para estas situações tem vindo igualmente a crescer.

Na minha prática clínica são inúmeras as solicitações de aconselhamento e acompanhamento.

Verifico que as famílias têm uma imensa necessidade de apoio e sobretudo de informação, sobre práticas parentais adequadas, para lidar com todo o processo de pré e pós divórcio.

O divórcio ou separação não tem que, necessariamente, constituir um fator desestabilizador para as crianças. O modo como os pais gerem e conduzem todo o processo, condicionará certamente o seu bem-estar físico, psicológico e cognitivo.

Procurar um Psicólogo Clínico que dê resposta às necessidades da criança e da sua família é essencial.

Pretende-se aconselhar e orientar os pais na desafiante tarefa de educar os seus filhos.

Habitualmente, chegam à consulta pais que, na verdade, estão a deparar-se com dificuldades distintas, designadamente, em estabelecer regras, separação dos pais, depressão, fobia escolar, ansiedade à escola ou aos testes; desmotivação relativamente à escola e aprendizagens, fobia social, medos por parte dos filhos, hiperatividade e défice de atenção, dificuldades de aprendizagem (dislexia, disortografia, discalculia, entre outras).

Importa dotar os pais de estratégias ou ferramentas que respondam eficazmente as suas necessidades e às dos seus filhos (crianças ou adolescentes).

Os testes e os exames estão cada vez mais presentes na vida das crianças e adolescentes, e cada vez mais chegam à consulta casos com níveis elevados de ansiedade (crianças do 1.º, 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário). A ansiedade excessiva tem repercussões e manifesta-se a nível físico, cognitivo e comportamental.

Na maior parte das situações observamos sintomas extremamente intensos que condicionam seriamente a preparação do estudo, assim como a própria realização dos testes ou exames.

Ainda que a criança ou adolescente esteja efetivamente preparada (conhecimento da matéria) para a realização do teste ou exame, o seu resultado é bastante abaixo do que seria de esperar, comprometendo o seu sucesso escolar.

As crianças e adolescentes referem, geralmente, como motivos para os baixos resultados das avaliações, os esquecimentos e as dificuldades em gerir o tempo.

Na consulta de psicologia, com um psicólogo especialista, é possível encontrar as estratégias e ferramentas adequadas para a gestão da ansiedade e promover um percurso escolar mais satisfatório.

A Dislexia é uma Perturbação da Aprendizagem Específica associada a alterações neurodesenvolvimentais, nomeadamente, neurobiológicas e neuropsicológicas.

As crianças manifestam dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, isto é, na habilidade de descodificação fonológica e processamento lexical, na fluência ou velocidade da leitura e na compreensão da mesma.

Na expressão escrita, apresentam demasiados erros ortográficos, dificuldade na estruturação das frases e também na organização das ideias.

As competências referidas estão significativamente abaixo do esperado para a idade da criança.

Uma vez que, a leitura implica a transcrição de um código gráfico para um código fonológico, as dificuldades de identificação e discriminação fonológica refletem-se negativamente na aprendizagem da leitura, comprometendo seriamente o sucesso escolar da criança.

Alguns sinais a estar atentos:

(Pré-escola)

Dispersão; fraco desenvolvimento da atenção; atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; fraco desenvolvimento da coordenação motora; falta de interesse por livros; dificuldade em aprender rimas e canções.

(Idade Escolar)

Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita; vocabulário pobre; desatenção e dispersão; dificuldade em copiar texto de livros; dificuldade na coordenação motora fina, nomeadamente, com letras e desenhos; pobre conhecimento de rimas; perda de pertences; dificuldade e confusão em indicar esquerda e direita; dificuldade no manuseamento de mapas, dicionários, etc.

Na consulta, com o psicólogo especialista, nomeadamente na 1ª consulta, todas as queixas, dúvidas e sintomas que a criança manifesta, devem ser apresentados, assim como exames e relatórios médicos e relatórios escolares de modo a ser possível uma avaliação rigorosa da problemática.

No final da avaliação, se concluirmos que apresenta um diagnóstico de dislexia e que estamos na presença de uma criança com necessidades educativas especiais (NEE), é redigido um relatório como toda a informação necessária, nomeadamente, com a avaliação especializada no âmbito da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), sendo entregue na escola pelos pais. Posteriormente, se a escola assim o decidir, poderá ser avaliada pela equipa de ensino especial e analisada a sua inclusão no Decreto-Lei 3/2008 de 7 Janeiro.

Realiza-se um trabalho com a família e de articulação com a escola, designadamente, com os educadores, professores e, também, com outros técnicos de saúde que acompanham a criança.

Perante o diagnóstico de dislexia, existe a necessidade de intervenção psicológica, sobretudo, ao nível da autoestima, confiança e segurança.

A reeducação dos processos de leitura e escrita, nomeadamente, com estratégias úteis e eficazes adequadas ao perfil intelectual da criança, assim como às suas dificuldades é fundamental.

É realizada uma avaliação rigorosa, inicialmente através de entrevista clínica com a criança e com os pais, e de seguida com a aplicação de testes, nomeadamente, escalas de inteligência e outros instrumentos que nos permitem aferir a sua capacidade intelectual.

As entrevistas, assim como os instrumentos utilizados fornecem informação sobre o seu desempenho em várias áreas e também indicações de como melhor atuar, nomeadamente, com a família e junto da escola.

Perante resultados que sugerem estarmos na presença de uma criança com necessidades educativas especiais (NEE), é redigido um relatório com toda a informação necessária, nomeadamente, com a avaliação especializada no âmbito da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), sendo entregue na escola pelos pais. Posteriormente, se a escola assim o decidir, poderá ser avaliada pela equipa de ensino especial e analisada a sua inclusão no Decreto-Lei 3/2008 de 7 Janeiro.

Realiza-se um trabalho de articulação com a escola, designadamente, com os educadores, professores e, também, com técnicos de saúde que acompanham a criança.

É muito comum, através dos resultados das avaliações, os professores concluírem que na realidade as crianças e adolescentes não sabem estudar.

É evidente que as causas do insucesso não passam unicamente por aí, no entanto, não há qualquer dúvida que tem evidente responsabilidade no insucesso escolar.

Há uns anos atrás saber estudar não era um tema abordado nem tão pouco refletido, agora sim, a sua relevância é indiscutível.

Quando ensinamos alguém a estudar, estamos claramente, a promover a autorregulação escolar ou académica da criança ou adolescente e a melhorar, significativamente, a sua performance.

Através de uma Avaliação Psicopedagógica rigorosa é possível compreender o perfil de desenvolvimento e aprendizagem, e assim determinar as necessidades evidenciadas e definir um plano de intervenção adequado.

No programa de competências de estudo, desenvolvido nas consultas, otimizam-se as técnicas, métodos e hábitos de estudo.

Perante um quadro de dificuldades de aprendizagem específicas, nomeadamente, na leitura, escrita, assimilação dos conteúdos (matérias), exposição da informação, são imediatamente implementadas as estratégias consideradas adequadas ao perfil.

O seu filho está no 9.º ano e não sabe que agrupamento e/ou curso escolher no 10.º ano? Frequenta o 12.º e está indeciso em relação ao curso a que se quer candidatar no ensino superior?

Está a ponderar escolher um curso profissional?

Já está na faculdade e o que está a aprender não corresponde ao que pretendia e às expetativas que criou quando se candidatou?

Quer saber qual a área que se adequa aos seus interesses e aptidões?

Não se sente satisfeito em relação ao seu trabalho e tem considerado a possibilidade de mudar de área?

Na verdade, a Orientação Vocacional e profissional é um contributo fundamental para que ao longo da sua carreira obtenha níveis elevados de satisfação e realização profissional.

A promoção do conhecimento, a exploração de si próprio e do meio em que poderá atuar, tem como objetivo fornecer um conjunto de ferramentas que o capacitem para responder rapidamente e com eficácia aos desafios que lhe vão sendo colocados.

Possuir um autoconhecimento adequado, particularmente ao nível dos INTERESSES e APTIDÕES é um dos aspetos mais importantes para que as tomadas de decisão aconteçam de forma consciente, segura, planeada e sustentada.

A Consulta de Orientação Vocacional, presta um aconselhamento especializado, baseado na entrevista e em testes psicológicos específicos, nomeadamente, de interesses, aptidões e personalidade, e fornece respostas sobre o mercado de trabalho atual.

É disponibilizada toda a informação necessária sobre as ofertas educativas (ensino regular ou profissional) do sistema de ensino Português.

Por fim, importa mencionar que a decisão final será sempre de quem procurou a consulta de Orientação Vocacional.